quarta-feira, 6 de junho de 2007

Arco-íris nas Marchas Populares de Silves

A Câmara Municipal de Silves promove mais uma edição das Marchas Populares, nas noites de 12, 23 e 28 de Junho, a partir das 22:00 horas.

O desfile de Santo António terá lugar na Zona Ribeirinha de Silves, no dia 12 de Junho. A noite de São João, no dia 23, terá lugar na Avenida Marginal de Armação de Pêra. O último desfile será realizado na noite de São Pedro, dia 28 de Junho, na Rua José Francisco Viseu, em São Bartolomeu de Messines.

A edição deste ano das Marchas Populares de Silves reúne cerca de 350 pessoas, que representarão as oito freguesias do concelho, duas escolas e duas colectividades.

O designer de moda António Grácias - que concebeu o guarda-roupa das Marchas Populares - inspirou-se nas 7 cores do arco-íris, atribuindo uma cor a cada freguesia, sendo a de Silves a junção de todas as cores.

In "Região Sul"

sábado, 2 de junho de 2007

Isabel Soares apoia a criação da região piloto do Algarve

O PSD festejou o seu 33º aniversário, em Silves, juntando representantes de quase todas as Concelhias. Faltaram os presidentes de Câmara Luís Gomes, José Estevens e Seruca Emídio

«Estamos cansados, não só a população em geral, como nós autarcas. Estamos fartos de ser maltratados e, sobretudo, a região do Algarve que, neste momento, é apelidada de uma região rica. Não é uma região rica, porque nós não somos todos ricos e não temos um Algarve igual».

Isabel Soares, presidente da Câmara de Silves, na festa comemorativa do 33º aniversário do PSD, que teve lugar em Silves na passada sexta-feira, falou das desigualdades e assimetrias que se verificam na região.

A presidente da Câmara de Silves mostrou-se indignada perante o afastamento do Algarve das ajudas comunitárias, e a forte redução a que foi sujeito quanto à atribuição dos fundos comunitários.

Fez questão de lembrar que as autarquias mais pobres «não têm capacidade para fazer nos concelhos aquilo que os nossos cidadãos precisam, por isso não podemos ser considerados ricos», dando exemplos como Alcoutim, Aljezur, Vila do Bispo e outros, «que não têm riqueza».

A introdução do tema da regionalização veio a seguir, quando Isabel Soares confessou ter votado «não» no anterior referendo, mas, hoje, afirmou reconhecer que a regionalização é essencial.

«Se não temos um modelo equilibrado e coerente, pelo menos faça-se a experiência connosco», sugerindo uma região piloto para o Algarve, porque, entende a presidente da Câmara de Silves, «nós, algarvios, somos capazes de distribuir os recursos de uma forma equilibrada por todos nós, com a regionalização».

Isabel Soares lamentou-se ainda das dificuldades que o seu concelho tem vivido. Chamou a atenção para o sector da Saúde, considerando «intolerável e insustentável» o que se tem passado.

«Eu nunca tinha ido para uma manifestação, mas fi-lo aquando do fecho do SAP e das urgências», afirmou Isabel Soares, exemplificando o que se vive no seu concelho com a história de uma senhora que caiu a 50 metros do Centro de Saúde, esteve meia hora à espera de uma ambulância, que depois a transportou para o Centro de Saúde de Albufeira.

Isto, sublinhou, «é inadmissível, não é possível sermos diferenciados, esta governação não pode continuar».

O desassoreamento do rio, obra que esteve dois anos em PIDDAC e depois desapareceu, é outro exemplo da alegada discriminação, apelando a presidente da autarquia para que os deputados e o líder do seu partido chamem a atenção da secretária de Estado que afirmou, em Portimão, que as obras começavam em Março. «É tudo mentira!», exclamou.

«É impossível que o Governo volte as costas, que diga que não tem dinheiro, quando a Sé de Silves está a cair, uma Sé que foi catedral, que foi bispado. Será que este Governo não olha sequer para os monumentos nacionais, que nem sequer é capaz de dar um tostão para que este monumento possa ser revitalizado?», reclamava a autarca de Silves.

O apelo final foi para a união do partido, para que as velhas questões sejam esquecidas, porque «queremos mais, queremos ser felizes, temos direito à felicidade, por isso, vamos todos, gostando ou não de algumas situações menos agradáveis, unir-nos para que este partido possa voltar a ser Governo, tão breve quanto possível», disse.

in "barlavento online"