segunda-feira, 28 de abril de 2008

Comissão Política Distrital do PSD apelou à recandidatura de Menezes, com uma abstenção

Mendes Bota sempre esteve com Luís Filipe Menezes, daí a naturalidade com que pediu à Comissão a que preside no Algarve que faça um apelo para a sua recandidatura
A Concelhia de Silves do PSD absteve-se na votação, feita na Comissão Política Distrital alargada, de uma moção que apelava à recandidatura de Luís Filipe Menezes à presidência do partido. O apelo foi aprovado com 23 votos a favor, uma abstenção, não estando presente na votação final, também, a Concelhia de Tavira, que saiu antes dos trabalhos estarem concluídos.
José Pedro Soares, líder da Concelhia de Silves, em declarações ao «barlavento», justificou o seu voto por entender que as estruturas dirigentes do partido, enquanto órgãos colegiais, «no âmbito dos novos estatutos, não têm o direito de influenciar ou dar uma directiva de voto aos militantes».
A Comissão Política deve-se abster dessa posição, perfilhando José Pedro Soares a teoria de que cada militante deve ser livre de tomar a sua opção de voto, face às candidaturas que se apresentarem a sufrágio no PSD.
A Comissão Política Distrital entendeu, por sua vez, que o «projecto aprovado pelos militantes do partido em 27 de Setembro de 2007 está válido e actual, e tem de ser cumprido e implementado, sendo natural que essa sequência deva ser assumida pelo seu autor, ou seja, Luís Filipe Menezes».
No comunicado da Comissão Política Distrital, dando um sinal de abertura e falando em nome dos social-democratas algarvios, é dito que estes «consideram que as personalidades do partido, que nos últimos seis meses se têm notabilizado em exprimir as suas diferenças opinativas, têm a obrigação de protagonizar candidaturas alternativas à liderança, tendo com objectivo sujeitar-se ao veredicto democrático dos militantes do PSD».
O líder do PSD/Algarve Mendes Bota, em declarações à Lusa, considerou «inédita» na história do partido a violência da oposição interna dirigida a Menezes, iniciada segundos depois da sua eleição, há seis meses. «Isto não tem sentido nenhum. Pessoas que não tiveram coragem de se assumir como alternativa no momento certo, assim que há uma eleição, no dia seguinte estão a assumir-se como alternativa», referiu.
Macário Correia, presidente da Câmara de Tavira e ex-porta-voz da candidatura de Marques Mendes, considerou, por seu lado, que a demissão de Menezes não passa de «um golpe de teatro» que tem por objectivo último a sua reeleição. Só assim se entende o prazo muito curto para realizar as eleições (24 de Maio), o «que pode dificultar outra qualquer solução», acrescentou.
«Durante alguns meses, ninguém fez comentários e foram pessoas da equipa de Luís Filipe Menezes que começaram a fazer comentários sobre a própria liderança», disse, exemplificando com os casos de Ângelo Correia, Mota Amaral e outros. Garantiu ainda Macário Correia, que os «opositores da liderança de Menezes fizeram vinte vezes menos comentários do que ele quando Marques Mendes era líder, com conferências de imprensa de manhã e à tarde».
in "Barlavento Online"

quarta-feira, 19 de março de 2008

Comunicado da JSD


Queremos informar a todos os cibernautas que visitarem este BLOG, que o mesmo, trata-se de uma página de conteúdos sérios, destinados a pessoas sérias, e que queiram, sempre que achem oportuno, dar a sua opinião, contribuindo deste modo para o enriquecimento do referido espaço. Não toleramos ataques pessoais a quem quer que seja, independentemente da sua filiação partidária ou orientação política, e condenamos veementemente que se façam acusações (anónimas) eticamente inaceitáveis.

No entanto, apelamos a todos os intervenientes, que queiram opinar sobre qualquer conteúdo produzido aqui neste espaço, que o façam nos moldes correctos, respeitando as mais elementares regras da boa educação, porque independentemente de se concordar ou não com uma determinada opinião, há valores que nós não abdicamos, e como tal, apelamos que haja bom senso nas intervenções e comentários, aos conteúdos que são aqui divulgados.

Num regime democrático, devem ser respeitadas opiniões divergentes, e nós enquanto sociais-democratas, somos os primeiros a promover e apelar á pluralidade e diversidade de ideias, sempre que sejam manifestadas de forma ordeira e correcta.

Por último, e porque, a boa educação não tem orientação politica, agradecemos mais uma vez a participação de todos os que queiram enriquecer este espaço, sendo que sugerimos, aos “anónimos” que vagueiam pela blogosfera em busca de um protagonismo, que tem dificuldade em obter no dia-a-dia, a “servir-se” de outros espaços, para proferir os seus “desabafos”.
Comissão Política da JSD de Silves

quarta-feira, 5 de março de 2008

População manifestou-se contra degradação da Sé de Silves

Cerca de 90 pessoas reuniram-se no passado Sábado à noite, junto à Sé de Silves, para se manifestarem contra o estado de degradação em que se encontra aquele Monumento Nacional.
Para além da população anónima, particularmente os paroquianos de Silves, a concentração pacífica, promovida pela Comissão Política local do PSD, contou com a presença da presidente da Câmara Municipal, Isabel Soares, e de representantes de outras forças políticas, nomeadamente do PS e PCP, assim como do pároco local, o padre Carlos de Aquino.
O presidente da Comissão Política do PSD silvense, explicou à FOLHA DO DOMINGO que o que motivou a vigília foi apenas a reivindicação do arranjo do telhado e não a manutenção geral do edifício também necessária.
José Soares entende que “o Estado está a descartar-se da sua responsabilidade de fazer os arranjos necessários no telhado”. “O telhado está orçamentado, há um ano, em cerca 370 mil euros e é muito provável que no futuro vá ter uma grande derrapagem porque condições estão a deteriorar-se”, complementa.
José Soares recorda que o mais significativo exemplar do gótico algarvio é um dos monumentos mais visitados no Algarve. “Já que o Primeiro Ministro apela a um turismo de qualidade e que o Algarve tenha uma boa oferta para os seus turistas, então que a igreja de Silves tenha as obras necessárias para receber esses turistas”, reivindica.
Aquele responsável não descarta ainda a possibilidade de o PSD levar o problema ao Parlamento. “Se isto continuar a arrastar-se durante muito mais tempo é muito provável que o PSD tome outro tipo de iniciativas com vista a levar esta questão à Assembleia da República”, disse.
Isabel Soares garantiu já ter contactado todas as entidades possíveis, particularmente o Presidente da República, o Primeiro Ministro e o Ministério da Cultura. “Fiz chegar o descontentamento e estado de conservação do edifício porque é o mais emblemático de todo o Algarve”, justificou, acrescentando que depois de ter convidado o novo ministro da Cultura a visitar a antiga catedral algarvia, José António Pinto Ribeiro manifestou a sua disponibilidade para a visita “dentro de algum tempo”.
A presidente da Câmara de Silves confirmou ainda ter recebido na última sexta-feira uma nova informação do IGESPAR – Instituto de Gestão do Património Arquitectónico que lhe voltou a confirmar não ter dinheiro para fazer as obras.
Isabel Soares assegura ainda que a anterior ministra da Cultura lhe propôs várias vezes que a autarquia encontrasse um mecenas para financiar os trabalhos. “Entendo que o Ministério da Cultura é que tem de dar o primeiro passo”, contestou, assegurando que a substituição ministerial “veio fazer regressar todo o processo à estaca zero”.
A autarca refutou ainda que a degradação da Sé se tivesse acentuado com as obras do espaço circundante à igreja. “Por questões arqueológicas foi quase tudo feito a «pincel e bisturi»”, elucida.
Garantindo que ainda “ninguém perdeu a esperança de ver a Sé restaurada”, o padre Carlos de Aquino, considerou “falacioso o argumento de que é preciso um intercâmbio com as Câmaras e um mecenas, uma vez que esta obra foi classificada como Monumento Nacional desde 1922, cabendo ao Estado, como casa do Estado, não só reconstrui-la, mas conservá-la e velar pela sua manutenção”. “Nas várias tentativas que os anteriores párocos fizeram para valorização do espaço, as obras foram embargadas”, constatou, lembrando que também ele próprio já pediu autorização para algumas intervenções, sem que houvesse deferimento.
O sacerdote garante ainda ter deixado ao secretário de Estado da Cultura que “a paróquia tem todo o interesse em comparticipar naquilo que for possível no respeitante à reconstrução da Sé”.
Aos presentes na manifestação de sábado à noite, o pároco da Sé considerou que “a política seguida a respeito da conservação, manutenção e restauro da Sé de Silves tem sido uma fraude”. “Não nos vamos calar junto dos espaços próprios e de intervenção para que, quanto antes, as obras se iniciem na Sé”, garantiu o prior.