quarta-feira, 25 de abril de 2007

segunda-feira, 23 de abril de 2007

A pulsão Suicida

No passado dia 19 de Abril de 2007, foi publicada a seguinte crónica "A Pulsão Suicida", de Constança Cunha e Sá.

Como era de esperar, os “esclarecimentos” do primeiro-ministro à RTP “esclareceram”apenas os que queriam, acima de tudo, ser “esclarecidos”. Uma semana depois, a fé dos adeptos, onde se contam inúmeros jornalistas, resiste heroicamente à divulgação de novos dados sobre a licenciatura do Eng. Sócrates: para uns, o fim do silêncio do primeiro-ministro devia equivaler ao fim de uma polémica que, segundo um editorial do Diário de Noticias, tem sido alimentada diariamente por “notícias avulsas, sem conteúdo nem sentido”; para outros, esta insistência numa “questão que não interessa nada” (José António Saraiva dixit) revela, como explica candidamente Fernando madrinha, no Expresso, “uma pulsão suicida que nos puxa para o abismo sempre que um Governo têm condições para definir um rumo e a coragem de seguir em frente, convicto de estar a fazer aquilo que tem de ser feito”. Só falta recuperar, embora a recuperação esteja implícita, a famosa frase do prof. Cavaco Silva que o PS tão bem soube aproveitar: “Deixem-nos trabalhar!”. Nessa altura, foi o próprio primeiro-ministro que, perante a gargalhada geral, defendeu o seu direito ao sossego e à harmonia institucional. Agora, pelos vistos, são os jornalistas os primeiros a zelar pelos interesses laborais de um Governo que, de acordo com os mesmos, tem um “rumo” para o país e a “coragem” de não o abandonar.
Não vale a pena perder muito tempo com a suposta “irrelevância” das notícias que têm vindo a publico. Como se viu esta semana, é impossível ignorar a sucessão de factos controversos que enfeitam o percurso universitário do Eng. Sócrates. As datas não coincidem, os documentos são contraditórios, as avaliações incompreensíveis, o plano de equivalências inexplicável e as “explicações” oficiais claramente insuficientes.
Neste momento, fazendo um ponto provisório da situação, existem dois certificados de licenciatura que não coincidem, um plano de equivalências que não passou pelo conselho cientifico da Universidade e que não foi sequer aprovado pelo seu reitor, dois curricula na Assembleia da Republica, quatro cadeiras dadas, no mesmo ano, pelo mesmo professor, uma cadeira que não foi dada pelo professor responsável e, por fim, um exercício de Inglês Técnico feito e avaliado depois da data em que terá sido concluída a licenciatura. Se, no meio de todo este enredo, há quem se considere devidamente “esclarecido”, não sou eu, com certeza, que vou desfazer essa doce e miraculosa fantasia. Já a “pulsão suicida” referida por Fernando Madrinha e outros ilustres comentadores merece alguma atenção. Pelo que se depreende do que foi escrito, esta semana, um jornalista responsável não pode fragilizar politicamente um Governo que está “convicto de estar a fazer aquilo que tem de ser feito”. Antes de “dar gás” a “trapalhadas” avulsas e crises ministeriais, tem que fazer uma avaliação da política governamental: se esta for positiva, como parece ser a do Eng. Sócrates, as “trapalhadas” devem desaparecer perante as velhas e recorrentes questões que interessam verdadeiramente aos portugueses; se, pelo contrário, a política anunciada indiciar o pior, como aconteceu, por exemplo, no tempo do Dr. Santana Lopes, então qualquer “trapalhada” deve transformar-se num caso nacional, com direito a primeiras páginas e a aberturas de telejornais.
O principal “erro do Dr. Marques Mendes não foi ter falado numa “falha de carácter” do Eng. Sócrates foi ter-se “atrevido” a dar credito institucional a factos que fragilizam politicamente um Governo – que, de acordo com os poderes estabelecidos, deve ser preservado a todo o custo, de forma a poder cumprir os seus lustrosos objectivos.
Acontece que os factos não desapareceram perante as conveniências de uns e o entendimento de outros tantos. Por muito “corajoso” e “determinado” que seja, o primeiro-ministro foi particularmente atingido por um caso que mostrou ao país o que o seu retrato oficial escondia. Por trás da imagem de Estado que ele habilidosamente construiu, durante estes dois anos de Governo, surge, agora, à vista de toda a gente, o Sócrates que ele sempre foi: um politico sem espessura, educado nos meandros do aparelho e nos favores do partido, que se notabilizou, a dada altura, pelas qualidades cénicas que revelou. O facilitismo que se detecta no seu percurso académico conjuga-se mal com o “rigor” de que faz gala e com a “determinação” com que enfrenta os “interesses” estabelecidos e os grupos de “privilegiados”. Não vale a pena escamotear a realidade. Muito menos alterar critérios noticiosos consoante e a opinião politica dos jornalistas. O facto (por demonstrar) de este Governo ter um “rumo” e “coragem” para o prosseguir não o exime do escrutínio público, nem pode ser visto como um impedimento à liberdade de informação.

sexta-feira, 20 de abril de 2007

Fim à vista para os 'Polis' de Silves e Albufeira

A cidade de Silves vai estar incluída num dos nove projectos Polis a ficar concluído no decorrer de 2007. Albufeira ainda vai esperar um ano.


Nove projectos do Polis vão estar concluídos até ao final deste ano e as restantes 19 intervenções deverão estar terminadas até 2010, disse hoje à agência Lusa João Pinto Leite, coordenador do programa de reconversão urbanística.

Os projectos que deverão ficar prontos este ano são os de Silves, Aveiro, Castelo Branco, Coimbra, Covilhã, Guarda, Leiria, Chaves, e Elvas, segundo o responsável.

No total, foram criados 40 projectos Polis no país, dos quais 12 ficaram prontos no ano passado: Porto, Beja, Bragança, Matosinhos, Angra do Heroísmo, Vila do Conde, Vila Real, Portalegre, Valongo, Guimarães e Tavira.

Dos restantes projectos ainda em execução, 12 deverão ficar concluídos no próximo ano, seis em 2009 e um em 2010 (o da Costa de Caparica).

No total, os 40 projectos estão orçados em 1,2 milhões de euros, dos quais já foram gastos 800 milhões de euros, o que representa uma taxa de execução de 65 por cento, acrescentou.

Em declarações à agência Lusa, João Pinto Leite disse que o programa Polis previa inicialmente um investimento de 1.350 milhões de euros, valor revisto em baixa para os 1.200 milhões devido à não obtenção de alguns financiamentos.

Albufeira só para o ano

Apesar de contabilizar em 39 o total de cidades com Polis, João Pinto Leite explicou que o número real se cifra em 40, uma vez que a cidade do Porto teve dois projectos (Ribeira e frente marítima da cidade), sendo que dez intervenções foram geridas directamente pela Parque Expo.

Com conclusão prevista para o próximo ano estão os Polis de Albufeira, Cacém, Viana do Castelo, Vila Nova de Gaia, Viseu, Setúbal, Tomar, Évora, Sintra, Barreiro, Lagos e Moita, enquanto para 2009 se prevê a conclusão dos de Gondomar, Vila Franca de Xira, Torres Vedras, Marinha Grande, Funchal e Santarém.

Questionado sobre o que mudou no urbanismo em Portugal depois do Polis, João Pinto Leite disse que o programa "mudou muita coisa, sobretudo por se terem tratado de acções concertadas".

"Uma das vantagens do Polis foi ter conseguido juntar à mesma mesa autarquias, governo e várias entidades com vista a gizarem planos de ordenamento concertados nas áreas de sua jurisdição. Até ao Polis o que havia eram meras acções avulsas", argumentou.

Outra das vantagens do Polis foi - segundo o coordenador do programa - "a interacção conseguida entre governantes e governados", que não era uma prática habitual em Portugal.

Ao nível das empresas, e segundo João Pinto Leite, o Polis trouxe ainda inovações, uma vez que as mobilizou para gestão de obras, uma prática que não tinham já que até aí se limitavam a acções fiscalizadoras.

A reconversão urbanística das cidades vai ter continuidade no programa de cidades Polis XXI, a decorrer até 2015, que contempla três programas específicos: um de regeneração urbana, um de competitividade e diferenciação de cidades ou de redes de cidades e outro de integração regional.

in "Observatório do Algarve"

segunda-feira, 9 de abril de 2007

“Páscoa Laranja” da JSD


A JSD Algarve em colaboração com a concelhia de Tavira da Juventude Social-Democrata realizou no passado dia 6 de Abril, sexta-feira Santa, no Ubi-Bar em Tavira, a festa “Páscoa Laranja”, para assinalar esta época festiva. Presentes nesta festa estiveram as concelhias da JSD de Faro, Silves, Loulé, Tavira que fez as honras da casa e Fábio Bota, presidente da Distrital.
in "Região Sul"

Crianças aprendem a proteger a floresta em Silves

Mais de 900 alunos de várias escolas de Silves vão ser alvo de campanhas de sensibilização para a preservação das florestas e meio ambiente, no âmbito de uma acção denominada “RespirAr”.

A iniciativa é da responsabilidade da Associação Viver Serra e da Federação de Produtores Florestais de Portugal, com o apoio da Câmara Municipal de Silves, e vai ter lugar nos dias 10,11,12,13 e 16 de Abril.

Entre outras acções, a campanha passa por visitas a um camião - disponibilizado pela Federação de Produtores Florestais - equipado com um laboratório, binóculos, lupas binoculares, atelier com jogos didácticos, plasticinas, informação diversa em folhetos, desdobráveis, canetas, autocolantes, e ainda apresentações audiovisuais.

in "Região Sul"

Escola Secundária de Silves venceu fase distrital do concurso «Escola Alerta»

A turma H1 do 12º ano do Curso Científico Humanístico de Ciências Sociais e Humanas, da Escola Secundária de Silves, venceu a fase do Algarve, na categoria 2 (3º Ciclo e Ensino Secundário) do Concurso «Escola Alerta».

Trata-se de um certame que se insere no Programa «Para um futuro melhor», iniciativa conjunta dos Ministérios do Trabalho e da Solidariedade Social e da Educação, através do Secretariado Nacional para a Reabilitação e Integração das Pessoas com Deficiência.

O concurso visa sensibilizar e mobilizar os jovens do Ensino Básico e Secundário para o combate à discriminação de que são alvo as pessoas portadoras de qualquer tipo de deficiência.

O júri, nomeado pelo Governador Civil do Distrito de Faro e presidido por Horácio Neto Carvalho (Chefe do Gabinete do Governador Civil), teve como vogais Carlos Afonso (Direcção Regional de Educação do Algarve) e João Leal (jornalista e assessor do Governador Civil).

O júri atribuiu, por unanimidade, o 1º Prémio ao trabalho «Necessidades Educativas Especiais», elaborado como projecto lectivo, sob a orientação de Orlando Dionísio, pelos jovens da turma H1 do 12º ano da Escola Secundária de Silves – Ana Martins, Andreia Gonçalves, Marisa Vargas e Marta Correia.

Igualmente por unanimidade, foi deliberado, atribuir uma Menção Honrosa ao trabalho «Os Deficientes Motores», elaborado pela Escola EB 2/3 de Ferreiras (Albufeira) na disciplina de Formação Cívica, sob a orientação de Conceição Catalão.

Faziam parte deste grupo os jovens alunos Aissatú Baldé, Ana Gonçalves, Ana Encarnação, Cátia Silva, Daniela Silva, Diogo Jesus, Eloisa Amante, Marcelo Gordinho, Sergiu Clipei e Soraia Rodrigues.

A cerimónia de entrega do 1º Prémio Distrital e da Menção Honrosa da fase Distrital do Concurso «Escola Alerta» decorrerá no dia 18 de Abril, quarta-feira, às 16h00, no Salão Nobre do Governo Civil de Faro.

in "Jornal Barlavento"

Silves vai ter serviço de informação para portadores de deficiência

O município de Silves celebrou um protocolo de cooperação com o Secretariado Nacional para a Reabilitação e Integração das Pessoas com Deficiência (SNRIPD), para a instalação do Serviço de Informação e Mediação para Pessoas com Deficiência, designado por SIM-PD.

O objectivo do SIM-PD é fazer um atendimento qualificado dos munícipes com deficiência e respectivas famílias, bem como aos técnicos de reabilitação e instituições que desenvolvem qualquer tipo de actividade neste domínio, assegurando-lhes uma informação integrada sobre os direitos, benefícios e recursos existentes para a resolução dos problemas colocados.

Além disso, este serviço irá recolher informação que permita produzir diagnósticos de caracterização local das pessoas com deficiência, identificar os principais problemas existentes e promover soluções adequadas.

A Câmara de Silves irá fornecer um espaço, com condições de acessibilidade para estes utentes e devidamente identificado, dotando-o com meios informáticos adequados para acesso à internet e utilização de bases de dados informativas.

O SNRIPD irá disponibilizar o Guia Organizativo e Manual de Procedimentos, bem como providenciar as ferramentas de trabalho indispensáveis ao funcionamento do serviço, designadamente, uma Base de Dados para o atendimento, um Guia dos Recursos existentes, um Guia Legislativo e outros guias temáticos devidamente actualizados.

Da mesma forma, assegurará o acompanhamento técnico, certificação e avaliação do serviço.

O protocolo foi assinado pela presidente da Câmara de Silves Isabel Soares e por Rui Carreteiro, Secretário Nacional Adjunto para a Reabilitação e Integração das Pessoas com Deficiência.


in "Jornal Barlavento"

Campanha Respirar vai passar por Silves

A Federação de Produtores Florestais de Portugal colocou à disposição da Viver Serra (Associação para a Protecção e o Desenvolvimento das Serras do Barlavento Algarvio) o camião da campanha Respirar, que vai estar em Silves nos dias 12, 13 e 16 de Abril, junto à Fissul.

O camião da campanha Respirar vai também passar pela escola EB 2,3 João de Deus, em São Bartolomeu de Messines, nos dias 10 e 11 de Abril.

O público-alvo serão 962 alunos do primeiro ciclo do Agrupamento de Escolas de Silves e São Bartolomeu de Messines, 5º ano de São Bartolomeu de Messines e 5º e 6º ano da Escola de Silves.

A associação Viver Serra considera que as crianças e os jovens são óptimos elementos sensibilizadores e mesmo defensores da natureza e que com a sua imaginação, criatividade e potencialidade, poderão formar uma população consciente e preocupada na preservação e melhoria do ambiente.

Neste sentido, a associação Viver Serra resolveu promover a campanha de sensibilização sobre a importância da floresta junto dos jovens do concelho de Silves.

O camião da campanha Respirar possui um laboratório com dois binóculos e uma lupa binocular, um atelier com jogos didácticos e plasticinas, informação diversa, tal como folhetos, desdobráveis, canetas, autocolantes.

Será também efectuada uma apresentação audiovisual sobre a temática do ambiente.

in "Jornal Barlavento"

segunda-feira, 2 de abril de 2007

Silves: PSD protesta contra falta de navegação no Arade

A presidente da câmara de Silves e o líder do PSD/Algarve muniram-se hoje de baldes, pás e enxadas e foram para o Arade protestar contra o «atraso de 20 anos» nas obras de desassoreamento daquele rio.

Durante alguns minutos, Isabel Soares e Mendes Bota estiveram dentro de um bote a fingir que retiravam areia do rio, numa assumida provocação ao Executivo de José Sócrates que, de acordo com a autarca social-democrata, faltou às promessas de desassorear o rio, o que permitiria a navegação entre Silves e a foz, em Portimão.

«Este ano, o Governo retirou por completo a verba para o desassoreamento dos fundos do PIDDAC [Plano de Investimentos e Despesas de Desenvolvimento da Administração Central]», lamentou Isabel Soares em declarações à Lusa, recordando que em 2004 chegaram a estar orçamentados dois milhões de euros para as obras.

Na vedação que actualmente separa a estrada marginal do rio, devido às obras do Polis em curso, um cartaz perguntava directamente à secretária de Estado dos Transportes, Ana Paula Vitorino, «para quando as obras».

Segundo Isabel Soares, em Outubro passado, aquela governante - então de visita ao município - prometeu que as obras avançariam até Março deste ano.

Desmentindo qualquer relação entre o Dia das Mentiras que hoje se assinala e a manifestação, a que o PSD chamou «SOS Arade», a autarca considerou fundamental que os trabalhos, já com duas décadas de «histórico» de promessas do Poder Central, vão em frente.

Enquadrados por cerca de meia centena de militantes vestidos a rigor do PSD e JSD de Silves, que responderam ao apelo das estruturas concelhias do partido, Bota e Isabel Soares envergaram galochas e t-shirts para protestar contra o constante adiamento, mas também para lembrar que o atraso está a dificultar a conclusão do Polis da cidade.

«O Polis junto ao rio atrasou-se cerca de um ano porque está prevista a construção de uma pequena marina que contava com as lamas provenientes do assoreamento», lamentou a presidente da câmara de Silves.

O desassoreamento do rio, depois de concluído, permitirá que a navegação se faça ao longo dos cerca de 20 quilómetros que separam Silves de Portimão, o que possibilitará que a cidade seja visitada por iates e, eventualmente, embarcações de transporte colectivo em viagens organizadas.

Segundo Isabel Soares, uma grande empresa de viagens turísticas - que já faz cruzeiros entre Portimão e Alcoutim (no nordeste do Algarve), através do mar e do Rio Guadiana - já se mostrou interessada em explorar uma rota turística entre a foz do Arade e Silves.

«É uma obra que se paga a si própria», sustentou a autarca, que enfatizou que 80 a 90 por cento dos dragados podem ser utilizados na construção civil e na pavimentação de estradas«.

O desassoreamento permitiria a existência de um canal com um mínimo de 1,20 metros de profundidade, o suficiente para que vários tipos de embarcação ali navegassem durante todo o ano.

»Na Idade Média, o rio Arade foi a auto-estrada do reino do Algharb, por onde circulavam pessoas e mercadorias«, recordou por seu turno o deputado Mendes Bota, manifestando-se esperançado em que »no futuro o Turismo tenha aqui uma verdadeira auto-estrada«.

in "diário digital"