sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Universidade do Algarve volta a subir ao pódio da produção científica

Investigadores e docentes algarvios continuam a ser dos mais produtivos do país. Produtividade científica cresce no Algarve 30 por cento acima da média das universidades públicas.

A Universidade do Algarve voltou a conquistar o segundo lugar no ranking de produção científica das 13 universidades públicas portuguesas, tendo em conta a dimensão e a produção por doutorado.
Estes resultados, referentes a 2005, deverão ser publicados nos próximos meses num estudo do Madan Parque (Parque da Ciência e Tecnologia de Setúbal – Universidade Nova de Lisboa), com base na informação do ISI (Institute for Scientific Information) e na cooperação bibliométrica.
A academia algarvia registou um índice de produtividade científica (SCI – Science Citation Índex) de 0,86, valor só suplantado pela Universidade de Aveiro (1,60), mas correspondente a um valor 30 por cento acima da média nacional, o que, na opinião do reitor João Guerreiro, «revela um desempenho satisfatório desta universidade».
O estudo revela ainda que o ritmo de crescimento deste indicador na universidade algarvia é o quarto maior do país (19 por cento), estando 50 por cento acima da média nacional.
«É um aspecto importante e revela o dinamismo que os principais centros de investigação da Universidade do Algarve vêm revelando nos últimos anos», considera ainda João Guerreiro.
Para mostrar que o ritmo é para manter, o reitor faz notar que os centros de investigação que obtiveram uma elevada classificação na avaliação externa periódica puderam recentemente contratar 13 investigadores com doutoramento nas áreas das Telecomunicações, da Biomedicina, das Geociências e da Biologia Marinha, muitos deles de nacionalidade estrangeira e ditados de «curricula preenchidos e com elevada densidade».
Além disso, nos últimos meses, foram apresentadas à Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) propostas de criação de centros de investigação nas áreas do Turismo, da Econometria, do Espaço e das Organizações, da Química e da Ciências da Comunicação.
O objectivo de João Guerreiro «é chegar ao final do ano lectivo com todos os docentes doutorados inseridos em centros de investigação do universo da FCT».
Para o responsável da academia, outro elemento a potenciar investigação científica foi a criação, pela primeira vez no ano passado, do Prémio Ceratonia, destinado a premiar os melhores projectos de investigação apresentados por investigadores e docentes da Universidade do Algarve.
Os prémios, atribuídos em domínios científicos diferenciados, atingem o montante de cem mil euros por ano e beneficiam de um apoio da Caixa Geral de Depósitos.
O estudo que o Madan Parque deverá divulgar brevemente faz também referência ao número e ao ritmo de doutoramentos. Entre 2000 e 2005, a Universidade do Algarve regista uma taxa de crescimento de 20 por cento, valor só superado pelo ISCTE (21 por cento), e muito acima dos 9 por cento registados a nível nacional.
João Guerreiro recorda que a Universidade do Algarve iniciou recentemente o primeiro Programa Doutoral na área do Turismo, «programa esse que procura nesta fase um relacionamento estável com outras instituições de ensino superior de Portugal e de países europeus».
in "barlavento online"

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