Cavaco Silva: "Tratado Constitucional é impossível de ressuscitar"
O Presidente da República eleito, Cavaco Silva, considera, na sua primeira entrevista após as Presidenciais, que é actualmente impossível «ressuscitar o Tratado Constitucional Europeu» e que a Europa deve cooperar e não ser uma força alternativa aos Estados Unidos.
Em entrevista ao jornal conservador espanhol ABC, Cavaco Silva manifesta-se descrente na recuperação do Tratado Constitucional da UE:«Não creio que neste momento seja possível ressuscitar o texto do Tratado Constitucional, tal como está», afirma Cavaco Silva.
«Mas é um bom ponto de partida para uma nova reflexão que é necessário fazer para conseguir alterações nos tratados», afirmou o presidente português eleito, que toma posse na próxima quinta-feira.
Recorde-se que o Tratado Constitucional da União Europeia, que para entrar em vigor necessita de ser ratificado por todos os 25 Estados-membros, já foi rejeitado, em referendos, em França e na Holanda.
Defesa do centralismo
Na entrevista, surge apenas uma referência a Portugal, com Cavaco Silva a considerar que «a centralização em Portugal prova que é um país com uma forte unidade que não tem problemas linguísticos, étnicos ou religiosos».
Relações transatlânticas
Quanto ao relacionamento entre a UE e os EUA, Cavaco Silva lembra que «partilham valores de civilização comuns» e que o que «une os dois lados do Atlântico é muito mais forte do que aquilo que ocasionalmente os pode dividir».
Como tal, afirma, «a Europa não deve tentar ser uma força alternativa, mas sim cooperar com os EUA», sendo que isso «não quer dizer que tenha que estar de acordo com tudo o que defendem os americanos».
Laços ibéricos
No que toca à política económica ibérica, Cavaco Silva defende um reforço dos laços que unem Portugal e Espanha, considerando que «ainda há mais espaço para aprofundar esse intercâmbio», já que, «se a Europa é cada vez mais um mercado único, também a península Ibérica é cada vez mais um mercado único».
publicado no jornal "Região Sul"
Em entrevista ao jornal conservador espanhol ABC, Cavaco Silva manifesta-se descrente na recuperação do Tratado Constitucional da UE:«Não creio que neste momento seja possível ressuscitar o texto do Tratado Constitucional, tal como está», afirma Cavaco Silva.
«Mas é um bom ponto de partida para uma nova reflexão que é necessário fazer para conseguir alterações nos tratados», afirmou o presidente português eleito, que toma posse na próxima quinta-feira.
Recorde-se que o Tratado Constitucional da União Europeia, que para entrar em vigor necessita de ser ratificado por todos os 25 Estados-membros, já foi rejeitado, em referendos, em França e na Holanda.
Defesa do centralismo
Na entrevista, surge apenas uma referência a Portugal, com Cavaco Silva a considerar que «a centralização em Portugal prova que é um país com uma forte unidade que não tem problemas linguísticos, étnicos ou religiosos».
Relações transatlânticas
Quanto ao relacionamento entre a UE e os EUA, Cavaco Silva lembra que «partilham valores de civilização comuns» e que o que «une os dois lados do Atlântico é muito mais forte do que aquilo que ocasionalmente os pode dividir».
Como tal, afirma, «a Europa não deve tentar ser uma força alternativa, mas sim cooperar com os EUA», sendo que isso «não quer dizer que tenha que estar de acordo com tudo o que defendem os americanos».
Laços ibéricos
No que toca à política económica ibérica, Cavaco Silva defende um reforço dos laços que unem Portugal e Espanha, considerando que «ainda há mais espaço para aprofundar esse intercâmbio», já que, «se a Europa é cada vez mais um mercado único, também a península Ibérica é cada vez mais um mercado único».
publicado no jornal "Região Sul"
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