Câmara de Silves não vai vender terrenos à REN
O Executivo da Câmara de Silves (CMS) aprovou ontem, por unanimidade, uma proposta com vista a impedir que a Rede Eléctrica Nacional (REN) venha a adquirir os terrenos da herdade do Bom Homem. O objectivo é inviabilizar a instalação de uma linha de alta-tensão, cujo traçado previsto é fortemente contestado pelos moradores da zona de Vale Fuzeiros, S. Bartolomeu de Messines, que ontem voltaram a manifestar-se frente à autarquia silvense.
A proposta partiu da vereação socialista, que apelou ainda à presidente do município, a social-democrata Isabel Soares, para que leve o caso até à Associação Nacional de Municípios e à Área Metropolitana do Algarve.
Fernando Serpa, vereador do PS, na oposição, revelou ainda ao CM ter sido pedida à Câmara a contratação de um funcionário administrativo com vista a apoiar a Comissão de Moradores de Vale Fuzeiros nas diligências necessárias para travar as pretensões da REN. O autarca mostrou- -se ainda indignado pelo facto de o “Estudo de Impacto Ambiental (EIA) da linha, que deu entrada na Câmara a 26 de Junho de 2006, ter desaparecido da autarquia.”
Sérgio Santos, residente na localidade, que ontem participou no protesto frente à Câmara e integrou o grupo que na altura falou com o Executivo autárquico, garantiu ao CM que a intenção da REN se tem mantido “inalterável”, apesar da contestação.
“É uma teimosia da REN querer manter o traçado Sul, muito povoado, com áreas agrícolas, explorações de turismo rural e vestígios arqueológicos, quando no Norte há apenas serra, com terrenos pobres”, sublinhou, adiantando que “os moradores estão dispostos a tudo para impedir a implantação da linha de alta tensão, tal como está actualmente prevista pela REN.”
in "Correio da Manhã"
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