Em Busca dos Tesouros Perdidos
O mito do “tesouro submarino” está a renascer em força na região do Algarve. Apesar de haver registos de naufrágios e outros vestígios das aventuras marítimas em várias épocas da história, ao longo de toda a costa algarvia, a verdade é que a maioria destes tesouros continuam escondidos misteriosamente no fundo do mar. No entanto, diversas equipas nacionais e internacionais estão agora apostadas em resgatar estes vestígios, deslocando-se frequentemente à região para realizar expedições. Praia da Salema (Vila do Bispo), rio Arade (Portimão), Ponta da Piedade (Lagos), Carvoeiro (Lagoa), Armação de Pêra (Silves), Carrapateira (Aljezur), Faro, Quarteira, Tavira, Olhão, Castro Marim, Cacela Velha e Vila Real de Santo António têm sido os locais da costa algarvia mais investigados e pesquisados. Para muitos especialistas, o Algarve é mesmo considerado actualmente “um dos campos mais interessantes e privilegiados da arqueologia subaquática”. Só nos últimos cinco anos, mergulhadores e arqueólogos de todo o mundo passaram milhares de horas debaixo de água para localizar e estudar artefactos – desde moedas de ouro a canhões de bronze, passando por objectos de cerâmica e pelos próprios navios afundados ao longo dos tempos –, que se encontram submersos no mar e rios algarvios. “As primeiras descobertas já têm mais de 35 anos, mas só agora é que existem as estruturas e os equipamentos necessários para realizar estas pesquisas arqueológicas”, explica José Gameiro, director do futuro Museu de Portimão, que vai acolher parte do espólio recolhido no rio Arade.
Publicado no "Jornal do Algarve"
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