quinta-feira, 8 de fevereiro de 2007

Situação ainda difícil nas urgências de Faro, mas melhor que quarta-feira

O director clínico do Hospital de Faro admitiu hoje que a situação de invulgar afluência de doentes às urgências ainda não está "totalmente controlada", mas garantiu que "dentro de dois ou três dias" tudo deverá voltar ao normal.

Em declarações à Lusa, Larguito Claro revelou que a abertura de uma unidade de convalescença em Loulé, com capacidade para 20 doentes, deverá contribuir para aliviar o serviço.

Ao longo do dia de quarta-feira, registou-se um grande congestionamento de ambulâncias junto às urgências do hospital distrital, onde tinham que permanecer devido à insuficiência de macas.

O director clínico observou que hoje já não se verifica qualquer aglomeração de veículos de transporte de doentes, mas reconheceu que a quantidade de doentes no serviço de urgência é superior ao que é normal nesta época do ano.

Ainda assim, disse, os 246 atendimentos de quarta-feira foram em número muito inferior aos 400 doentes que diariamente procuram as urgências de Faro durante os piores dias de Verão.

"O pior não é o número de doentes, mas sim o tipo de patologias que têm aparecido, sobretudo as constipações e gripes que podem evoluir para outras doenças e por isso obrigam a exames prolongados", esclareceu.

Por outro lado, admitiu também que há dificuldades em enviar para os pisos superiores os doentes atendidos nas urgências, devido à falta de vagas nos serviços.

O mesmo responsável avançou que, a médio prazo - dois ou três meses - deverão abrir unidades de cuidados intermédios em Silves e Tavira, o que ajudará também a diminuir a afluência em Faro.

Por seu turno, o presidente da Administração Regional de Saúde (ARS) do Algarve, Rui Lourenço, reconheceu que se trata de uma "situação anómala", que atribuiu aos efeitos da situação meteorológica na saúde da população mais idosa, mas sublinhou que a entidade que dirige "tudo está a fazer para ajudar a resolver o problema".

Sublinhando a necessidade de "acomodar as pessoas com níveis mínimos de conforto", admitiu que "se a situação se mantivesse por muito tempo", teria que recorrer à instalação de tendas de campanha".

Publicado no jornal "Barlavento"

1 comentário:

Anónimo disse...

Resultados da excelente política do nosso governo...