Isabel Soares: «Podem fazer as queixas que quiserem»
Isabel Soares falou ao «barlavento» logo após a inauguração da Casa da Cultura Islâmica e Mediterrânica, tendo-se afirmado de «consciência tranquila» quanto a todo o processo.
«O Tribunal deu-nos razão, mas depois se verá», garantiu a autarca.
Quanto à ameaça do CELAS de recorrer à Comissão Europeia, Isabel Soares disse apenas: «Podem fazer as queixas que quiserem. O que é certo é que este é um espaço de todos os silvenses e que nós pretendíamos que fosse partilhado, mas o CELAS não quer».
A autarca salientou ainda que, se não fosse este imbróglio judicial, «podíamos ter isto a funcionar há um ano, mas tivemos que manter as portas fechadas enquanto a situação não se resolvia. E sofremos alguns transtornos, porque houve exposições programadas para este espaço, que tiveram que se fazer no Museu e na Misericórdia. Houve coisas que tivemos mesmo que suspender».
No sábado, o magnífico espaço abriu com a exposição «José Alegria…da paixão…da terra…da arquitectura», com desenhos, fotografias e maquetes de algumas das principais obras do arquitecto José Alberto Alegria, numa espécie de retrospectiva de mais de duas décadas dedicadas a recuperar e reinventar a arquitectura em terra de tradição mediterrânica.
Mas será que, depois da inauguração e de terminada a exposição, a Casa da Cultura vai fechar, tal como aconteceu recentemente com outro espaço cultural de Silves?
«Não, não vai ficar fechada», garante Isabel Soares. «Temos já uma programação a ser preparada, até aproveitando o protocolo com Marraquexe e outros que se venham a firmar com outras cidades do mundo islâmico e de países mediterrânicos da Europa do Sul».
Concertos, exposições, sessões de poesia e seminários estão, pelo menos teoricamente, nos planos da autarca, para a nova Casa da Cultura Islâmica e Mediterrânica de Silves.
Publicado no jornal "Barlavento"
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